segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tráfego Compartilhado

Fonte: Maryland Department of Transportation State Highway Administration

O tráfego compartilhado é, em geral, a forma que permite o acesso mais direto aos diversos lugares de uma cidade, assim como a que exige as menores intervenções. É a forma que mais diretamente permite que os cidadãos ciclistas exerçam o seu direito à cidade. 

Quando se pensa na bicicleta como modo de transporte é necessário pensar que o ciclista quer poder ir aonde quiser e não apenas aonde haja uma ciclovia. 

A adoção do tráfego compartilhado não deve se restringir a ser cogitada apenas quando não houver condições de implantar ciclovias ou ciclofaixas.

Certos condutores de bicicleta criticam que a segregação elimina a interação e o decorrente aprendizado da direção compartilhada da via, defendendo que a solução para os problemas de segurança deveria seguir uma linha que buscasse o tráfego compartilhado seguro
instalação de estruturas segregantes pode reforçar a falsa idéia de que o único lugar seguro para os ciclistas são as áreas segregadas, fazendo com que os que optem por utilizar outras partes da via sejam criticados ou mesmo desrespeitados por determinados motoristas que não entendem o motivo desses ciclistas trafegarem fora das áreas que aparentemente são as mais adequadas e seguras.

Apesar de certos condutores de bicicleta preferirem o tráfego compartilhado ao tráfego segregado, outros se sentem mais seguros com as vias exclusivas para bicicletas. Essa preferência pode estar associada ao nível de tolerância que as pessoas têm com relação às situações impostas pelo tráfego. Os ciclistas do segundo grupo preferem as vias exclusivas que lhes permitem trafegar de forma mais confortável, independente das desvantagens inerentes à separação.

Dentre os que defendem a segregação, existe o argumento de que a separação aumenta a segurança, por diminuir os acidentes causados por veículos motorizados ultrapassando ciclistas - alguns estudos indicam que a segregação causa uma diminuição desse tipo de acidente, outros no entanto indicam que não há diminuição. 
A despeito de que a separação efetivamente reduza esse tipo de acidente, o fato de que a separação propicia a determinados condutores de bicicleta uma sensação de segurança é um argumento importante na defesa desse tipo de organização do espaço cicloviário. 

No entanto, reside aqui o problema da dificuldade de se contemplar as diferentes necessidades dos condutores de bicicletas - os que desejam estruturas segregantes e os que desejam estruturas compartilhadas - que aparentemente são antagônicas.
Uma alternativa a ser estudada seria a implantação de medidas de redução de velocidade e/ou de volume de tráfego motorizado, com intuito de permitir o tráfego compartilhado e ao mesmo tempo aumentar a sensação de segurança dos ciclistas.

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